Encravado em Copacabana bem atrás do novo Museu da Imagem e do Som, na Rua Aires Saldanha quase vizinho aos braseiros, Simon Boccanegra exala charme com uma arquitetura um tanto masculina, mas aconchegante. Wine bar e restaurante, sua gastronomia evoca a ópera de Giuseppe Verdi que lhe deu o nome. Entre mesinhas sisudas, mas confortáveis e um lounge com sofás e poltronas em veludo, a casa tem cara de estabelecimento de hotel chique, com visual creditado a sobrenomes tão italianíssimos quando a comida: coube ao arquiteto Alessio Carpanelli a decoração e a iluminação intimista foi concebida pelo light designer Paolo Lucarelli, impressionando tanto pela cozinha aparente quanto pela conjugação da proporção versus aconchego. E o mais importante: os pratos descomplicados são honestos, com o custo benefício valendo a pena, podendo ser acompanhados por 250 rótulos de vinho (75% deles com sotaque italianíssimo) sugeridos pelo simpaticíssimo sommelier Vinicius Rangel.
Simon Boccanegra, em Copa: wine bar e restaurante impressiona pelo tamanho e decoração sofisticada, mas seca, na qual os lustres são destaque (Foto: Divulgação)
Aquário transparente: cozinha aparente acompanha a honestidade dos preços no Simon Boccanegra (Foto: Divulgação)
Na adega é possível encontrar bons espumantes e vinhos biodinâmicos, orgânicos e os atuais queridinhos da vez, vinhos laranja – aqueles brancos produzidos como tintos, com o suco da uva em contato com a casca por maior tempo. E, se destacando entre as opções gerais, a carta de brancos de solo vulcânico do Monte Etna, na Sicília, e do Vesúvio, no Golfo de Nápoles.
Adega farta: Simon Boccanegra traz cerca de 250 opções de rótulos para acompanhar os pratos ou simplesmente bebericar (Foto: Divulgação)
Com menu executivo no almoço e jantar à la carte, a casa ainda oferece novidades em datas especiais e refrescantes drinques que primam pela aparência, mais elaborados até que os pratos, criados pelo mixólogo Anselmo Gomes. O Clericot com frutas vermelhas, por exemplo, é must drink e sai por R$ 35. E o Bellini Verdi, R$ 29, é um dos melhores exemplares desse coquetel que ÁS andou saboreando nos últimos tempos.
Morango, cereja, amora, rum, purê de framboesa e espumante no Clericot do Simon Boccanegra (Foto: Divulgação)
Bellini Verdi no Simon Boccanegra: uva verde, limão, pepino, Kiwi, vodca e espumante embalados pelo visual moderno (Foto: Divulgação)
Na entrada, a boa é o mix de folhas, presunto de Parma, queijo brie, pera, figos e nozes crocantes, com redução de balsâmico, R$ 42. Já o nhoque aos quatro queijos com pera e nozes, R$ 64, vale o programa. Como sobremesa, o tiramisú, R$ 23, é dos deuses e a pera ao vinho com creme de mascarpone cai que é uma beleza.
Coloridinho charmoso: entradinha do italianíssimo Simon Boccanegra leva peras e figos (Foto: Divulgação)
Nhoque aos quatro queijos com pera e nozes: ÁS considerou a porção digníssima no Simon Boccanegra (Foto: Divulgação)
Na xícara: tiramisú com assinatura italiana no Simon Boccanegra (Foto: Divulgação)
E, para quem não pretende encher a pança, mas opta por bebericar saboreando pequenas porções (na happy hour, das 16h às 20h), a boa é a aperipasta, um hábito na “Bota”: o cliente paga a taça de vinho e come de graça.
Entre cinco opções, todas acompanhadas por rigatonne ou linguine à matriciana, sobressaem o Chianti Il Lebbio docg 2013, R$ 37, e o Prosecco superiore valdobbiadine malibran docg, R$ 33. Já o Brunello de montalcino innocent docg 2010 sai mais salgado, R$ 82. A taça de Valpolicella Latium Morini doc 2011fica a R$ 41, e a de Franciacorta brut Ricci Curbastro , R$ 46.
Dois e um na aperipasta: no Simomn Boccanegra, cliente banca o vinho e leva a porção de massa à reboque (Foto: Divulgação)
Serviço:
Simon Boccanegra
Rua Aires Saldanha 98/B, Copacabana.
Tel: (21) 3269-4366
almoço executivo: 2ª à 6ª de 12h às 16h;
lounge e restaurante: 2ª á 4ª de 19h à meia-noite; 5ª e 6ª de 19h à 1h; sábado de 12h à 1h
www.boccanegra.com.br
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