Sabe o tradicional Blue Note, primeiro nome que vem à cabeça quando se pensa em jazz na Big Apple? Pois é, o clube – fundado em 1981 por Danny Bensusan e hoje com sete filiais nos EUA, Japão, China e Itália – deve abrir sua primeira casa no Hemifério Sul em agosto, no Complexo Lagoon, Rio, onde antes ficava o Miranda.

Rolinho primavera musical: o Kenny Garrett Quintet se apresenta no Blue Note de Beijing (Foto: Divulgação)

Empreitada de Luiz Calainho, a ideia é ocupar o vácuo das casas de shows intimistas na Cidade Maravilha, que foram aos poucos desaparecendo. Patrimônio cultural de Nova York, pelo palco do Blue Note já passaram criaturas lendárias da música como Stevie Wonder, Liza Minelli, Tony Bennett, B.B King, Ray Charles, Chick Corea, Sarah Vaughn, John Scofield, George Benson, Stanley Jordan, Michael Bublé e Quincy Jones.

Jazz fusion: Nancy Wilson e George Benson são alguns dos talentos que mandam ver em bombásticas apresentações no Blue Note novaiorquino, desde os anos oitenta (Foto: Reprodução)

A popularização das jam sessions (sessões de improviso entre músicos) a partir dos eighties e o próprio nome do clube praticamente se mesclam na história do modern jazz, e a data da inauguração no Rio é emblemática, pois o gênero musical faz 100 anos em 2017.

Every breath you take: Geoffrey Keezer e Sting brilham em apresentação memorável no histórico Blue Note, em Nova York (Foto: Divulgação)

Com amplitude de 790m2, capacidade para 350 espectadores, shows de quarta a domingo, 77 funcionários diretos, 89 mesas, dois bares, uma cozinha e sistema de luz e som de última geração, o Blue Note Rio contará com três bandas residentes (duo, trio e quarteto) e apresentará duas super  atrações nacionais ou internacionais por mês. E ainda vai abrir espaço também para novos talentos.

Balacobaco no arigatô: o brasileiríssimo Sururu na Roda mostra seu suingue no Blue Note de Tóquio (Foto: Divulgação)

“Desde 1990, desejo trazer o Blue Note para o Brasil. Sempre quis construir este encontro, fazendo uma ponte firme e intensa com a casa em Nova Iorque, talvez a mais emblemática em termos de marca que existe no planeta no segmento de música”, serpentineia  com seu entusiasmo típico Calainho, que quer botar de pé filiais em São Paulo, em 2018, e em Recife, em 2019.

Enfant terrible das caçarolas, Pedro de Artagão teve o passe comprado para apimentar o paladar do Blue Note Rio, que inaugura em agosto (Foto: Reprodução)

Mas nem só de música deve viver o Blue Note Rio: de dia e nas noites que em que não rolar show, o chef  Pedro de Artagão comanda uma cozinha gastro-jazzy. E nada de Sunday Bloody Sunday: pelo contrário, no tradicional dia de descanso é a vez do Sunday Jazz Brunch,  com shows dominicais sublinhados por um toque gastrô ao meio dia, 13h30, 14h, 15h30m, 16h e 17h30h.

A casa já começa nesta terça-feira (6/6) com a pré-reserva de tíquetes para os dias inaugurais e o programa de fidelidade, que inclui os membros do Blue Note Rio Club, no site www.bluenoterio.com.br.

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