Já estava decretado: era para 2015 acabar o mais rápido possível. Ao contrário de 1968, de profundas transformações sociais e que, segundo o bamba Zuenir Ventura, foi “o ano que não terminou”, já se esperava há meses que, quando desse meia-noite deste 31 de dezembro, o Brasil pulasse já para 2017, de forma a ficar o mais longe possível de um ano que insistiu em não acabar. Isso não aconteceu, mas algumas lições deste último ciclo podem ser tiradas para 2016. Okay, inflação de dois dígitos, recessão, ingovernabilidade do poder executivo, aumento nos impostos, preços pela hora da morte, corrupção em todas as esferas, falta de dinheiro e preconceito contra celebridades negras nas mídias sociais têm se transformado quase se transformaram em mantra diário. Mas, além das trapalhadas do governo, da presepice de Eduardo Cunha e da cara de pau da classe política, uma série de fatos marcaram, de fato, esse período e podem ser avaliadas para que esse novo período solar possa de alguma forma ser melhor. Que nos deixemos levar pela leveza então.
A começar, 2015 foi a ano do derrière na midia, e ÁS não se refere ao fato de os governantes e a inflação terem deixado todo mundo com o seu exposto: do full frontal traseiro de Paolla Oliveira em “Felizes para Sempre?“ ao de Rodrigo Lombardi em “Verdades Secretas“, sobrou até para Justin Bieber que, depois de desmascarado pela revelação de que sua boa forma na campanha Calvin Klein não passava de uma maromba digital, resolveu presentear seus fãs com o mais fabuloso rabicó al mare da história das mídias sociais até agora. Sai Tom of Finland e entra o Galinho Chicken Little. Traduzindo: continua valendo investir na bunda…
Confira abaixo os derrières que causaram na Globo e nas mídias sociais em 2015:
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As imagens não mentem. No truque, Justin Bieber surge em dois momentos: sequinho na linha twink tatuado (à esq.), conforme posou para a polêmica campanha da CK no início de 2015; e, à direita, com os músculos (e a bunda) encorpados pelo Photoshop, depois do tratamento digital das fotos (Fotos: Divulgação)

Bieber como veio ao mundo: meses depois, o popstar publicou em seu próprio Instagram a foto que tirou pelado na proa de um barco. Não se tem indício algum de que seu derrière esteja aditivado por layers de computação gráfica (Foto: Reprodução)
Ainda sobre “Verdades Secretas“, ficou claro que o público prefere a suposta sem-vergonhice que existiria por trás do mundinho da moda do que um beijo sincero entre lésbicas, como aquele protagonizado pelas supra-damas da dramaturgia nacional Fernanda Montenegro e Nathalia Thimberg que parou o Brasil no primeiro capítulo de “Babilônia“, novela encurtada porque os telespectadores brasileiros são hipócritas e topam até assistir na telinha ósculo gay entre bonitões descamisados, mas nunca entre duas velha ricas sem afetação.

O Beijo mais polêmico do ano foi protagonizado pelas duas maiores estrelas da dramaturgia nacional: Nathalia Thimberg (esq.) e Fernanda Montenegro (dir.) em “Babilônia” (Foto: Divulgação / TV Globo)

Beijaço hollywoodiano de Bruno Gagliasso e João Vicente de Castro na festa do Prêmio GQ, no Copacabana Palace (Rio), em novembro último: para celebrar a liberdade de opção sexual, os dois atores heterossexuais acabaram sem querer revelando que o caretíssimo brasileiro mediano aceita muito mais o amor entre iguais se as cenas ousadas forem protagonizado por bonitões (Foto: Divulgação)
Gilberto Braga fez o dever de casa direitinho e até incluiu favela na trama, coisa obrigatória desde quando o povo passou a acreditar que toda empreguete pode um dia virar estrela do tecnobrega. Sim, deve existir atualmente cota de comunidade carente em todas as produções globais e não importa se você curte Carminha, Nazaré Tedesco ou Odete Roitman: hoje em dia é obrigatório ter francesa no morro. Gilberto, claro, aderiu com a competência de sempre, mas foi trucidado pelos moralistas de plantão: a turma que vota em Marcelo Crivella, ajuda a financiar a bancada evangélica no congresso, apoia a gaiatice de Eduardo Cunha a favor de uma “família tradicional” e desembolsa uns trocados para contribuir com o polimento da cúpula do templo nababesco que Edir Macedo construiu na Avenida Dom Hélder Câmara, no Rio. Haja Brasso e Kaol.
Confira abaixo o “boom” da favelização atual da teledramaturgia global:
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Casal temperado no banho-maria: apesar da abordagem positiva, o grande público recebeu com indiferença a relação homoafetiva entre Claudio Lins (à esq.) e Marcelo Mello Jr. (à dir.) em “Babilônia”, mostrando que está pouco acostumado com relações homossexuais que, na mídia, fujam da caricatura (Foto: Divulgação / TV Globo)
Aliás, está provado que, apesar dos impressionantes números de integrantes nas paradas LGTB Brasil afora, do Rio ser considerado o “Melhor Destino Gay do Mundo’, de Carlos Tufvesson fazer um trabalho seríssimo à frente da Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual na cidade e da infestação de bees no Réveillon e carnaval cariocas, brasileiro médio só admite viado se houver muita pinta.
Como diria Gilberto Gil: “Realce, quanto mais purpurina melhor”. Tem que ter muito boá, do tipo que vende a metro no Babadão da Folia. Personagem cômico do “Zorra” e similares, tipo Capitão Gay, Vera Verão, Olha a faaaaaca e Seu Peru pode. Mas, Marcelo Mello Jr. e Claudio Lins vivendo problemas comuns de gente normal não dá ibope em novela e ex-descamisado másculo de trama de Carlos Lombardi – tipo Marcos Pasquim – não tem autorização da plebe para sair do armário na televisão, ainda que filme de temática gay seja um dos gêneros que hoje encontra espaço no mercado exibidor nacional, assim como a comédia descerebrada e as produções que privilegiam a estética da marginália. Ou seja: no escurinho do cinema dá bilheteria.

Personagem master da caricatura homossexual na TV brasileira, Seu Peru (Orlando Drummond, à esq.), da “Escolinha do Professor Raimundo” ressurge em nova roupagem no final de 2015, em remake do Canal Viva, sob a pele de Marcos Caruso (à dir.). A aceitação do público continua a mesma (Fotos: Divulgação)
Mas, em contrapartida, vale mencionar que o transex está na moda: nunca assumir variações de gênero deu tanto ibope, é nem é preciso citar Caitlyn “ex-Bruce” Jenner e sua mega-operação corta-bilau para exemplificar, ainda que, no resultado, ela tenha ficado parecida como uma treinadora de rugby. Criaturas iluminadas como Thammy Miranda, Carol Marra e Lea T. estão tanto na ordem do dia que pululam personagens transgênero em atrações como “Geração Brasil“ e “Pé na Cova“. Ou em sucessos da TV estadounidense como “Transparent“. Fica a dica para os roteiristas que querer abafar. Nesse campo, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, saiu na frente e aboliu os sufixos “a” e “o”, respectivamente de aluna e aluno. Agora, para os professores da instituição, todo mundo é “alunx”.

Tubarão sereia: o ex-atleta olímpico Bruce Jenner posa para a capa da Vanity Fair em 2015 e se torna o maior representante global da cultura transgênero, após realizar operação para mudar de sexo e se transformar na potranca Caitlyn (Foto: Reprodução)

Ru Paul brazuca: como a mãe de família que era transexual, Luiz Miranda foi ponto forte de “Geração Brasil”, novela exibida no primeiro semestre de 2015 e indicada ao Emmy Internacional (Fotos: Divulgação)
No cinema, entre tantas comédias popularescas de apelo fácil nas telas, foi providencial a vitória de “Boi Neon“, de Gabriel Mascaro, no Festival do Rio. O filme, que aborda a questão do hibridismo cultural no mundo globalizado e desmistifica a masculinidade dos peões numa era influenciada por fenômenos midiáticos como a moda e a busca da beleza, foi ovacionado nos festivais de Veneza e Toronto e deve entrar em cartaz no início do ano. As interpretações geniais de Juliano Cazarré e de Maeve Jinkings (que, assim como o ator, também brilha em “A Regra do Jogo“) já valem o ingresso.

Macho com coração de ouro: estrelado com sensibilidade pelo neo garanhão Juliano Cazarré, “Boi Neon” conquista o prêmio máximo do Festival do Rio, após carreira de sucesso nas mostras internacionais (Foto: Divulgação)

Garanhão bom caráter também na telinha: em paralelo ao sucesso de crítica de “Boi Neon”, Juliano Cazarré é destaque na TV em “A Regra do Jogo” como o DJ de ótima índole e corpo sarado cheio de tattoos, ao lado de Susana Vieira (Foto: Divulgação / TV Globo)
Em 2015 o Drácula mais famoso da cinematografia mundial deitou pela primeira vez de verdade em um caixão: conhecido das novas gerações por suas participações nas sagas “Star Wars” e “O Senhor dos Aneis“, o britãnico Christopher Lee, que protagonizou o sanguessuga nas produções da Hammer entre as décadas de 1950 e 1970, faleceu após uma longeva carreira de 194 longas. Mas deve permanece no imaginário global já que a imagem nas telas é capaz de eternizar meros mortais, contradizendo os vampiros medianos que pensam que, para ter vida eterna, só basta estar de pé. Nada disso. ÀS gostaria de ver eles falaram isso para aquele time de blogueiros que crêem piamente que só serão eternos enquanto tiverem toneladas de likes e curtidas em suas existências digitais…

Da série “me dá a jugular que eu estraçalho”: 2015 vai ficar conhecido como o ano em que o vampiro mais famoso do cinema, Christopher Lee, finalmente vestiu de verdade seu paletó de jacarandá (Foto: Reprodução)
Neste último ano, a Enterprise deixou de voar para a fronteira final onde nenhum homem jamais esteve: um dos maiores ícones da cultural pop global, o eterno Senhor Spock Leonard Nimoy (1931-2015) virou nebulosa após décadas fazendo fumaça: era tabagista inveterado. A importância de seu legado pode ser sentida nas manchetes: sua morte foi capa dos principais tabloides no mundo inteiro.

“Vida longa e prosperidade”: a famosa saudação vulcana, proferida por Leonard Nimoy no exercício de interpretação do alienígena Spock, resume a força de seu personagem na cultura pop mundial. Enquanto a criatura permanece no imaginário geral do público, o estúdio de cinema prospera dando continuidade à mais popular criação do roteirista Gene Roddenberry (Foto: Reprodução)
Ainda assim, o mundo se prepara para assistir em 2016 a comemoração dos 50 anos da franquia com nova série de TV e a terceira incursão na telona de uma “Star Trek“ repaginada pelo bamba J.J. Abrams: “Star Trek: Sem Fronteiras“ está programada para o próximo julho. Sim, apesar do sumiço de Nimoy, a Paramount continua fazendo uma fortuna intergaláctica com a série e a nave estelar vai continuar singrando os confins do espaço sideral mesmo sem o ator, cujo personagem hoje existe sob a batuta de Zachary Quinto.

J. J. Abrams entre o novo elenco da renovada “Star Trek”: não satisfeito em reciclar a série de Gene Roddenberry no cinema, diretor de 49 anos agora investe na saga rival, “Star Wars” (Foto: Reprodução)
Aliás, J.J. Abrams merece mesmo ser citado nesta matéria: além do botox em “Star Trek”, o cineasta-produtor ganhou as páginas dos noticiários em dezembro pela sua maior façanha: o extreme makeover que realizou na maior franquia de Hollywood com “Star Wars: O Despertar da Força“, sétimo episódio da série, agora sob seu comando. Recordista, a produção bateu “Mundo Jurássico” (leia-se Steven Spielberg e sua patota), se tornou o empreendimento cinematográfico mais bem sucedido até agora em uma estreia mundial e promete quebrar vários recordes. Mas, o mais importante: conseguiu preservar a mitologia criada por George Lucas , mantendo as hordas de fãs, conquistando novo público e fazendo mais do mesmo parecer novo em folha. E ainda deixou claro que a Disney, nova proprietária da série, não está na disposta a tomar teco de asteroide na cabeça.

Nova geração: da esquerda para a direita, Finn (John Boyega), Rey (Daisy Ridley) e Poe Dameron (Oscar Isaac), os novos personagens que já conquistaram os fãs da saga “Star Wars” no sétimo longa da série (Foto: Divulgação)
Ainda nas mídias audiovisuais, o Brasil viu três ex atrizes-mirins consolidarem de vez suas carreiras, fato raro até então na Globo, que não costuma investir na maioridade de suas meninas de ouro: beirando os vinte, Isabelle Drummond, Bruna Marquezine e Marina Ruy Barbosa são a prova de que existe talento após as espinhas da adolescência, conseguindo ascender ao pódio absoluto do star system nacional e desbancado as bonitas que estão chegando aos trinta e ainda não estouraram para valer. Exceção dessa geração quase balzaca: a iluminada Sophie Charlotte.

Pin ups ou Bond Girls? Da esquerda para a direita, a safra de estrelas que a Globo cultivou desde criancinhas e que agora são o triunvirato jovem das novelas: Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa e Isabelle Drummond. Tem opção para todos os gostos capilares: morena, ruiva e loura. A indústria cosmética agradece! (Fotos: Reprodução)
Entre os grandes sucessos da televisão, a Record mostrou que a mística de uma novela bíblica pode ser inigualável e que só uma mitologia mais poderosa que divindade egípcia permite a conquista absoluta do primeiro lugar de audiência: seus “Os Dez Mandamentos“ foi tanto sucesso que vai ser lançado nos cinemas em fevereiro, após as folias de momo, provavelmente para expiar os prazeres da carne. Bem-feita para padrões brazucas, a realização bíblica deixou claro que, quando se pensa em Moisés e sua moçada, o imaginário do grande público ainda contém forte dose daquilo que Hollywood produzia antes da revolução de costumes nos anos 1960. Se bobear, Cecil B. DeMille perde, ainda que tenham pipocado na internet os memes sobre um descuidado hidrante que andou aparecendo no cenário de um capítulo. Dizem que, bem-humorado, o elenco acabou depois vestindo o dito cujo como egípcio e hebreu, só para tirar selfies. E Mínion, pode?

Cena à frente do palácio em “Os Dez Mandamentos”: alegria maior dos produtores de arte da TV Record se revelou um acerto comercial (Foto: Divulgação)
Nas séries internacionais, nada causou mais comoção do que a morte de John Snow (Kit Harington) no capítulo final da 5ª temporada de “Game of Thrones“, vencedor do prêmio de “Melhor Série Dramática’ no Emmy 2015. Agora, os fãs vão ter que roer as unhas até abril de 2015 para descobrir se o mocinho foi mesmo para o Nirvana ou se é truque para manter o público.

Morte de John Snow no último capítulo da 5ª temporada de “Game of Thrones”: fãs não conformam com a possibilidade de o bonitão ter passado desta para melhor. Resta esperar 2016 (Foto: Reprodução)
Em paralelo ao possível desaparecimento de Snow, outras séries de sucesso bateram as botas. De verdade, saindo da programação. Após sete temporadas, “Mad Men“ saiu do ar deixando na plateia aquele gostinho de que era delícia pura ser politicamente incorreto nos anos 1960. E, intérprete do charmosíssimo mau-caráter Don Draper, finalmente John Hamm levou seu Emmy para a estante da casa.

John Hamm e o delicioso hábito de fumar: um dos atrativos da série que terminou vitoriosa em 2015 é a brincadeira dos roteiristas de mostrar que o mundo era muito mais divertido antes dos excessos do ‘politicamente correto’ (Foto: Divulgação)
Já “Downton Abbey“ se despediu do público após seis temporadas de sucesso, deixando claro que os loucos anos 1920 podem ser imbatíveis e que não vale avançar no tempo pelos décadas seguintes. Na contramão das atrações fantasiosas que dominam parte da programação televisiva, como “American Horror Story“, “Game of Thrones“, “Flash“ e “Walking Dead“, a trama que narra a migração da tradicional sociedade vitoriana-eduardina para a modernidade do século 20 só poderá ser conferida pelos brasileiros, contudo, a partir de 9 de janeiro. Mais um ótimo motivo para o ano virar.

Outra atração que pendurou as chuteiras em 2015, “Downton Abbey” terá sua 6ª e última temporada vista pelos brasileiros somente a partir do próximo 9 de janeiro (Foto: Divulgação)
2015 também ficou marcado pelo ano em que morreu Orlando Orfei (1920-2015), um dos mais importantes empresários circenses do país. Domador de feras, ele deve ter percebido que o tempo dos picadeiros já havia passado e que, numa era em que basta ligar no Jornal Nacional ou nas TVs Câmara e Senado para s constatar que palhaço de responsa está no legislativo. Nenhum Carequinha consegue tirar Eduardo Cunha, Delcídio Amaral ou Renan Calheiros no mais alto patamar da palhaçada, todos eles imbatíveis. O congresso é mesmo um circo e sente-se saudade dos tempo em que a trupe burlesca no legislativo se resumia aos anões do orçamento. Depois desse ano, está definitivamente claro: hoje, um manancial muito maior de artistas versados na arte da representação povoam a ribalta desse Brasil Freak Show, que inclui também o poder executivo. Obviamente, uma categoria está escassa: faltam no mercado domadores, tanto do tipo que dome o leão da Receita Federal quanto da naipe que saiba por a cabça na boca da fera a fim de realmente dar jeito no país, doa a quem doer.

O belo e as feras: domador e dono de circo que fez história no Brasil, Orlando Orfei sai de cena no ano em que o picadeiro da política nacional virou de vez uma grande palhaçada (Foto: Repeodução)
Mas, entre as passagens que marcaram 2015, sem dúvida a morte de Marília Pêra foi a mais traumática. Num ano abalado pro tantos percalços políticos e econômicos, perder uma artista dessa magnitude definitivamente não fez bem para a alma dos brasilerios. Completíssima, essa atriz de primeira grandeza deixa um legado que merece servir de lição para quem acredita que basta ter um rostinho de Zac Efron e fazer uma escova para se manter no showbiz, no qual começou ainda criança. Apesar do sua eventual má-vontade em relação à mediocridade geral (que cosntantemente acabava lhe rendendo a fama de esnobe), a artista se mostrou generosa quando tomou conta da internet certa polêmica em relação a um ator global que não frequentava o teatro. Com a mente aguçada, ela defendeu o rapaz , deixando claro que numa sociedade em que o espetáculo preenche satisfatoriamente o conteúdo, não precisa haver tanto espaço assim para o aprofundamento da informação: “Esse rapaz foi preparado para fazer sucesso e ganhar dinheiro, mas a culpa não é dele. É dos mais velhos”. Será?
Na sua própria contramão, ÁS prefere lembrar outra frase que foi atribuída à atriz há vinte anos, por ocasião das filmagens de “Tieta do Agreste“ (1996), de Cacá Diegues, ainda que injustamente contra Sonia Braga, com quem Marília contracenava e sobre quem proferiu: “Ela é a estrela e eu, a atriz”…

Ela cantava, dançava, sapateava, interpretava e era uma estrela: síntese do talento no sentido mais amplo da dramaturgia, Marília Pêra teve seu canto do cisne quase no final de 2015, numa era em que fazer rir e chorar em cena já não é necessariamente prova de capacidade, mas mero desígnio de um status de celebridade (Foto: Divulgação)
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