De todos os filmes da franquia, “Missão: impossível – efeito fallout” (Mission: Impossible – Fallout, de Christopher McQuarrie, Paramount, 2018) talvez seja o que mais se aproxima da essência da série de televisão que inspirou os filmes de cinema. Quando foi transposta para a telona em 1996, ficou claro que a adaptação deixaria de priorizar o trabalho em equipe que caracterizava a trupe de espiões da telinha, cada qual com sua especialidade, para se formatar num veículo para o astro Tom Cruise.

Tom Cruise mais uma vez centraliza a ação em “Missão: impossível – efeito fallout”. A corrida pelas ruas de Paris é eletrizante e um dos pontos altos (Foto: Divulgação)
Seu Ethan Hunt é senhor absoluto dos filmes cinematográficos, ao contrário do Jim Phelps de Peter Graves que, apesar de ser o primeiro nome do elenco nos créditos, sabia dividir o protagonismo com gente bacana como Martin Laudau, Barbara Bain, Leonard Nimoy e Greg Morris. Apesar dessa mudança na essência, a saga pegou e o ator está aí, há 22 anos à frente de complicadíssimas missões, contando com ótimos coadjuvantes como Ving Rhames, Simon Pegg e Jeremy Renner (dessa vez de fora do sexto filme) como espiões ajudantes fidelíssimos, mas nunca parceiros de igual para igual.

Uma das jogadas de marketing para promover a carreira de Tom Cruise é a divulgação de que o astro costuma dispensar dublês nas filmagens de ação, como as omadas de helicóptero desse filme. Um acidente durante as filmagens encareceu o custo de produção de (Foto: Divulgação)
Confira abaixo o trailer oficial de “Missão: impossível – efeito fallout” (Divulgação):
Dessa vez, a divisão de tarefas – sem tirar Cruise do centrão –, se equilibra um pouco mais, o que deixa o conjunto da obra com um pouco do gosto de “quero-mais” de que conheceu a atração na TV, nos anos 1960/1970. Para completar o time, volta à cena a espiã sexy e obstinada apresentada em “Missão: impossível – nação secreta” (2015) vivida pela ruiva Rebecca Ferguson. Tudo isso, aliado à ação frenética bem-engendrada num roteiro sem pontas, garante o sucesso da produção, que traz corridas de carro extasiantes pela ruas de Paris, batalhas na rede subterrânea de Londres ou sobrevoos de helicóptero sobre a Ásia Central.
No time de ases da ação internacional, a novidade por conta do Superman Henry Cavill, que já havia dado as caras como espião e outra produção migrada da TV, “O agente da U.N.C.L.E.” (2015), e prova que tem carisma suficiente para esse tipo de espetáculo. O britânico engole Tom.
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