Como um menino crescido, a À La Garçonne retorna ao SPFW N58 com uma coleção mais madura. O motivo? O diretor criativo e fundador da marca Fábio Souza a reconectou com a conceito vintage através da alfaiataria e a premissa sustentável através do upcycling com tecidos e ferragens. Logo na abertura da coleção um modelo de calça reta com corset e faixa longa, chique on point, já anunciava certo distanciamento do streetwear – tão intrínseco à marca que resultou no desdobramento da ÀLG para atender essa demanda – e na busca de uma moda mais pensada e menos despojada. Inclusive, essa aposta na sensualidade discreta dos decotes para eles surge no uso de jaquetas e casacos apenas com a faixa na cintura por dentro, prometendo mais disrupção pela frente.
A primeira série de looks, que explorou o preto e branco e suas possibilidades de caimento e textura, rendeu vestidos acinturados e camisaria power, já algumas jaquetas oversized e blazers brotam com o padrão quadriculado, liso e até em paêtes, aliás, a série de blazers e calças também apareceram nos xadrezes garimpados em tecelagens, alinhando uso de bons tecidos com modelagens excelentes. Os clássicos hoodies de moletom pintados à mão complementam a pegada moderninha, mesmo com o tom geral da coleção enviesando pela sobriedade.

As sobreposições também ressurgem, homens de saia com casacos milimetricamente arrematados por ferragens, dobradiças e puxadores antigos seduziram pela beleza e delicadeza do olhar de Fábio ao apostar nessa composição. Outro highlight da temporada foram os vestidos longos, transparentes e levíssimos que flanaram no vai e vem da passarela. Tudo arrematado por bolsas a tiracolo, Vans usados com meias sociais de seda e faixas com mosquetão. Mais À La Garçonne impossível.
Confira abaixo mais fotos da coleção da À La Garçonne no SPFW N58 – As Joias da Rainha (Fotos: @agfotosite/ Divulgação):












*Por Andrey Costa
Foto destaque: @agfotosite/ Divulgação
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