Última chamada para a Casa Levi’s®: encerra nesta sábado (20/5), com show do Tremendão Erasmo Carlos e abertura dos ótimos Beach Combers, a primeira edição carioca do evento cultural promovido pela grife de jeanswear, depois de duas edições em São Paulo (leia aqui). Imperdível, o evento se mostrou um sucesso pela combinação do clima com o mix de atrações, a começar pela charmosa casa retrô em Botafogo escolhida para ser repaginada e sediar o evento, que começou dia 29 de abril.

Erasmo Carlos: setentão acima do bem e do mal, o astro pop é como o jeans quase bicentenário 501 da Levi’s – está sempre em forma e não sai de moda, agrada geração após geração. Por isso mesmo, foi o medalhão escolhido para fechar a primeira edição carioca da Casa Levi’s, que encerra a programação neste sábado (Foto: Divulgação)

O trio Beach Combers abre o show de Erasmo Carlos no encerramento da primeira edição da Casa Levi’s Rio, neste sábado (20/5). A banda – homônima de um antigo seriado canadense – faz uma surf music de primeríssima e já vale o programa. Na formação, Paulo Madeira (baixo, ao centro) e Lucas Leão (bateria, á esq.) e Bernar Gomma (guitarra, à dir.), amigo de longa data do ÁS. Mas, o moço sabe que está aqui no site não por ser camarada, mas porque é bom mesmo naquilo que faz… (Foto: Reprodução)
O público da Cidade Maravilha, acostumado de longa data a flanar do mainstream ao underground, encontrou no badalo a exata medida da mistureba boa que caracteriza o Rio e o projeto decolou, provando que essa fórmula de marcas bacanudas sediarem espaços culturais – cujo gostinho havia sido provado durante a Rio 2016 com espaços quentes como a Casa OMEGA e a Casa LEGO –, caiu em cheio no gosto local.

Xodó de quem tem frequentado a Casa Levi’s Rio, a mesa de sinuca situada no andar inferior, ao lado do bar, fez a alegria da turma indie que costuma dar expediente no famoso karaokê da Rua Bambina, ali próximo (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)

Formada só por mulheres, a banda Corcel se apresentou nesta noite de quinta-feira (18/5) na Casa Levi’s. Há quem diga que o time de potrancas levou os garanhões da plateia à loucura, e não foram somente os acordes… (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)

Design + jeans = comportamento: jovem expoente do cenário criativo de ponta no Rio, Victor Niskier decorou a Casa Levi’s Rio com moveis da sua linha recém-lançada (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)
Da festa de abertura marcada pelo gogó privilegiado da estilosa Mahmundi e os caldinhos de feijão servidos em mini porções ao show desta sexta-feira, tudo funcionou. Nesta sexta, vale conferir o Originals Studio – com pocket shows de três bandas escolhidas por voto popular dentre as oito selecionadas pelo projeto musical da marca que fomenta a música independente, proporcionando a oportunidade de gravação de uma música com estrutura de estúdio na Casa Levi’s®. Mas, a boa da noite não para por aí: quem fecha o dia é o show de uma pérola do Rock Brasil oitentista, os Picassos Falsos.

Ricardo Brautigam, da BlackHaus, dá aquela respirada na frente da piscina da Casa Levi’s enquanto a festa bomba lá dentro, nesta noite de quinta (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)

Perto de Cadinho, a dublê de beldade e DJ Carol Emmerich manda ver nas picapes da BlackHaus, na Casa Levi’s (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)
O projeto, idealizado a partir das comemorações da icônica Levi’s 501, primeira calça criada há 144 anos, é tão abrangente quanto este modelo de calça, enfatizando uma postura rocker-artsy que agradou em cheio aos cariocas. É a gerente de marketing da Levi’s Brasil, Marina Kadooka, quem celebra: “O Rio é uma cidade importante para a marca e foi um desafio trazer a Casa Levi’s para cá. A ideia sempre foi termos um local aconchegante na Zona Sul acolhendo as pessoas e divulgando bandas locais independentes. Isso tem a ver com nosso DNA!”, afirma, destacando que a programação variada para trazer públicos distintos deu certo. “Nosso projeto é inclusivo”, completa.

Tipo majestade pop: da sacada da Casa Levi’s, Marina Kadooka comemora a soberania da dobradinha música & atitude. A grife já planeja as próximas ações que contemplam o Rio e São Paulo (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)

Entre as bossas da edição carioca da Casa Levi’s, um quarto do Mama Shelter foi montado num dos cômodos, reproduzindo a decoração cool do hotel-boutique de Santa Teresa, quinta unidade da rede criada em 2008 pelo cofundador do Club Med Serge Trigano e seus filhos. Depois das filiais de Paris, Marselha, Lyon, Bordeaux e Los Angeles, o Rio é a primeira urbe da América Latina a receber uma unidade, e a próxima será Praga. A ambientação do espaço na Casa Levi’s – cujo destaque maior é a cama que serve de lounge -. segue o estilo descolado chique concebido inicialmente por Philippe Starck e hoje sob a tutela de um ex-colaborador seu, Jalil Amor, que também trabalhou com Jean Nouvel. Amor atualmente mora em São Paulo e está à frente do projeto de revitalização do Hospital Matarazzo, que vai virar hotel. Mas, após terminar essa empreitada, pretende seguir para os Estados Unidos… (Foto: Divulgação)
Marina enxerga o Rio como um polo cultural criativo: “Além de ser um belo cartão postal do país, é um foco significativo de cultura. A Levi’s sempre busca a presença desse sopro de renovação cultural”.

Prole pop: com a filha no colo, Nina Becker reforça ao vivo que lugar de filho de artista é na ribalta (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)
Ela enfatiza por exemplo, o bochicho com o quarto que reproduziu um ambiente do hotel-boutique Mama Shelter e a presença das cantoras Mãeana e Nina Becker. Delicinha. Igualmente impactantes foram as passagens de Alice Caymmi, o rapper Rico Dalasam e a festa com o coletivo Minha Luz é de LED, expoente do atual carnaval carioca alternativo.

Com visual rockabilly, o rapper Rico Dalasam mistura estilos no visual, mas é dono de inconfundível marca na hora de soltar o gogó (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)

Na Casa Levi’s, o moço fez o diabo. Até sensualizou sem camisa, encostando na moçada com o microfone em riste (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)

Na mesma noite que consagrou Rico Dalasam como boa opção na conjunção música&badalo, MC Linn encantou o público da Casa Levi’s (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)
Extra música, o espaço também deu certo como área de convivência e a gastronomia, que variava de chef a cada semana, foi bacanuda. Destaque para o Seu Vidal, ótima pedida que trouxe à Botafogo as delicinhas da sua mescla descolada de food truck com bar.
Neste sábado de encerramento, vale chegar cedo, muito antes dos shows, para participar da oficina de customização de jeans, provar as comidinhas do bamba Fernando Pavan, do Mama Shelter, encarregado para cuidar do estômago do público neste último dia. Ele criou uma série de sanduíches endiabrados que celebram a trajetória da Levi’s 501. Entre outras iguarias, o rapaz vai servir picadinho carioca com farinha de milho (R$20), ‘Sanduíche de pancetta suína com chucrute na baguete (R$18), sanduíche de pasta de pupunha temperada com picles e cenoura no pão árabe (R$23) e arroz doce (R$15).
Isso por si só já rende a curiosidade, mas é sempre bom conferir as expôs que estiverem na casa e desfrutar do badalo. Aliás, ÁS já sugere um incremento na próxima edição carioca de mais mostras culturais e de outros meios de expressão que extrapolem a música.

Com apresentação concorrida na Casa Levi’s Rio, Alice é flagrada em dois momentos: tomando fôlego para fazer o público delirar com seu timbre poderoso… (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)

…e incorporando a modelo da L’Oréal Imedia naquela vibe “porque eu mereço”, chicoteando o ar com suas madeixas flamingo! (Foto: Bruno Ryfer / Divulgação)
Marina Kadooka analtece esse aspecto: “Existem naturalmente diferenças entre as versões carioca e paulista do projeto. Sampa é mais rocker, até a escolha do local (um casarão no centro da cidade), já é um pouco mais heavy. O Rio tem balanço, então a ênfase foi o acolhimento, a cidade tem outra vibe. O carioca abraçou o projeto, entendeu bem nossa proposta da programação musical. Música e a 501 sempre serão ser nossa prioridade, mas temos outras ideias em andamento”.
Serviço:
Casa Levis®
Rua Martins Ferreira, 22 – Botafogo
250 pessoas
Classificação etária livre
Entrada gratuita; sujeita a lotação
Programação:
Sexta (19/5): Originals Studio e Picassos Falsos a partir de 18h
Sábado (20/5): 18h – Beach Combers; 20h – Erasmo Carlos
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