Ano novo, via nova. Depois de celebrar a virada, é hora de cair de cabeça em 2024. Na sustentabilidade, vale mirar nessa dupla: Priscilla Zacharias e Adilson Velasco foram destaques, dentre os quase 1.500 participantes da delegação brasileira, formada por nomes do setor público, empresariado e sociedade civil, na 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-28) que rolou em Dubai, em dezembro. Respectivamente CEO e CVO da Trevo, que atua há cinco anos no segmento de reciclagem e resíduos plásticos pós-consumo e pós-indústria, os dois fizeram bonito no evento e prometem se tornar referências nas questões do meio-ambiente, inclusive a próxima COP, que vai acontecer em Belém em 2025.

Já figurinha fácil no métier, quando se imagina os nomes vinculados aos princípios ESG – conceito que reúne as políticas de meio-ambiente, responsabilidade social e governança –, o duo recebeu o convite para participar da COP no meio do ano passado, através da RTCC (Responding to Climate Change Limited), ONG que atua junto à ONU e que possui o “Status Consultivo Especial’ junto ao Conselho Ecoômico e Social das Nações Unidas. Foi pouco após terem a Trevo ter assinado o Pacto Global da organização: “Uma surpresa que uma empresa tão jovem e de médio porte assuma responsabilidades ambientais e sociais da magnitude o pacto”, afirma Priscilla, com ênfase proporcional ao chamativos cabelos vermelhos.

“Impedimos que aproximadamente 10.000 toneladas de resíduos plásticos pós-consumo sejam encaminhadas a aterros sanitários ou poluam cidades, florestas e oceanos anualmente”, explica Adilson, que completa: “Além de ser inovador, nosso modelos de reciclagem gera emprego, renda e ainda alimenta uma cadeia circular que movimenta bilhões de reais por ano no Brasil”.
E, como atualmente a questão da preservação planetária vem num combo junto com o empoderamento, dentro da agenda das redes sociais, Priscilla Zacharias vai ao ponto, ressaltando a participação do contingente feminino na última COP: “Um dos pontos altos foi o encontro da nossa primeira-dama, Janja, com a sheikha Fatima Bint Mubarak Al Ketbi, conhecida como ‘Mãe da Nação’ e mãe do presidente dos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed Al Nahyan. Ser uma mulher brasileira falando aqui na conferência, sobretudo representando a um mercado tão masculino e marginalizado como a reciclagem, é carregar a voz e a força da necessidade de mudanças urgentes, buscando não somente soluções ambientais, mas a resiliência, a representatividade e a perspectiva feminina da mudança global”, panfleta.

Ah, e como funciona a atuação da Trevo Reciclagem no mercado? Bom, parte dos resíduos plásticos pós-consumo, compostos de PP, PE e PEAD – tipo as embalagens de produtos de limpeza, cosméticos, embalagens alimentícias, brinquedos, utensílios, caixas, galões e toda a espécie e porcaria pós-industrializada que iria parar nos lixões e aterros – são destinados à empresa, onde são triados, moídos, lavados e redistribuídos às indústrias, que os transformam novamente em produtos. É a cobra mordendo o próprio rabo. Assim, devolvendo a matéria-prima à indústria, este modelo de reciclagem se firma, embora ainda seja pouco conhecido o Rio.

“Mesmo conscientes das dificuldades de ser ESG e sabendo que falta até o básico nas comunidades e favelas cariocas, planejamos popularizar esse processo na Cidade Maravilha”, finaliza Adilson em discurso que aponta na mesma direção da bússola do prefeito carioca Eduardo Paes de transformar a cidade em referência e sustentabilidade. A conferir.
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