*Por Lucas Montedonio
Mal começou neste último sábado (30/1), a exposição coletiva “Quem viver, Verão!“, está dando o que falar na Sergio Gonçalves Galeria, centro histórico do Rio. Abrindo o calendário do ano, esta já é a terceira edição da mostra que conta desta vez com obras de 46 artistas contemporâneos. O marchand Sergio Gonçalves detalha o processo: “Neste ano, a galeria abriu uma convocatória através do Facebook, lançando mão da rede social para poder alcançar o mais diverso número de artistas. Essa é nossa proposta. Assim como o verão é uma estação democrática e que as praias cariocas misturam todos os níveis sociais e toda nossa diversidade de raças e credos, o espaço abre o ano acolhendo artistas que nunca haviam exposto na galeria através desse expediente. Tivemos que fazer uma triagem, pois o número de inscrições foi bem superior ao número que poderíamos comportar, mas até isso foi uma surpresa agradável.”
Trabalhos de artistas com nomes até então pouco conhecidos, merecem destaque como é o caso de Ariadne Rigas, que expõe pela primeira vez no Brasil. A norte-americana de apenas 18 anos formou-se no último ano pelo International Center of Photography em Nova York e declarou sobre seu processo criativo: “Me senti muito honrada em poder participar dessa mostra junto a tantos artistas mais badalados. Eu nunca havia imaginado que com apenas 18 anos eu já estaria expondo ao lado desses talentos neste meu início de carreira. A obra apresentada foi feita no Rio de Janeiro como parte de um projeto em que eu discuto a dicotomia entre riqueza e pobreza no Brasil. Esse projeto significa muito para mim e eu estou muito feliz em poder mostrar um pouco dessa série”, afirma a estreante, que inicia no segundo semestre o curso de graduação em Artes Visuais em também na Big Apple e que agora apresenta a obra “Chuva de Verão, eterna preocupação”.
O fluminense Felipe Barbosa, presente também com a obra “Densidade” e um dos representados pela Sergio Gonçalves Galeria, despontou para o mercado com apenas 22 anos de idade, servindo como prova viva dos méritos gerados através desta interação com novos talentos. Construindo suas obras a partir da apropriação de elementos do cotidiano, como bolas de futebol, tampas de garrafa, notas de dinheiro e mesas de sinuca, o rapaz abre paralelamente a mostra “Geodésia e Gelosia” na Galeria do Lago no Museu da República. E mais: em fevereiro ele terá uma mostra de só suas obras no Museu Olímpico de Lausanne na Suíça. Chiquérrimo.
Participam da coletiva os artistas: Ana Biolchini, Ana Tavares, Andréa Facchini, Ariadne Rigas, Cecilia Ribas, Claudia Hirszman, Cristina Sá, Deneir, Denise Campinho, Denize Torbes, Eda Miranda, Eduardo Ventura, Elmo Martins, EneGóes, Fabio Cançado, Fabio Carvalho, Felipe Barbosa, Gian Shimada, João Moura, Jorge Calfo, Jorge Fonseca, Karla Gravina, Leonardo Etero, Ligia Teixeira, Lourdes Barreto, Lucia de Bom, Luiz Carlos de Carvalho, Marcela Lanna, Marcelo Oliveira, Marcio Zardo, Marco Cavalcanti, Maria Cherman, Maria Lucia Paixão Maluf, Newman Schutze, Norma Mieko Okamura, Paulo Jorge Gonçalves, Paulo Mendes Faria, Rafael Bezerra, Raimundo Rodriguez, Renan Cepeda, Rita Manhães, Roberto Tavares, Rosana Ricalde, Sandra Passos, Virna Santolia e Wladimyr Jung
Ficou curioso e quer ver mais?! Clique AQUI para conferir fotos da inauguração, feitas por Jorge Calfo que também expõe na mostra.
Serviço:
Exposição “Quem viver, Verão!”
Sergio Gonçalves Galeria – Rua do Rosário, 38 – Centro – Tel.: (21) 2263-7353
Horários: Terça à sexta, de 11h às 19h. Sábados de 11h às 18h
Entrada franca
Abertura: 30 de janeiro / Encerramento: 27 de fevereiro
* Nascido na cidade imperial de Petrópolis, o pianista amador ganhou o mundo ainda adolescente quando fez intercâmbio nos Estados Unidos. Nessa época sua terceira visão despertou e o moço se entregou ao budismo tibetano. Pura estratégia para dominar a vaidade interior. Estudou comissaria de bordo, mas preferiu o jornalismo e, hoje, entre retiros espirituais com rinpoches, encontros com lamas e entrevistas espevitadas, o sagitariano usa sua vocação para o tietismo como contraponto à eterna busca do santo nirvana.
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