*Andrey Costa
Na semana em que as temperaturas voltaram a subir no Rio, a 7ª edição do Veste Rio é o evento quente da vez. Bem verdade que, por acontecer simultaneamente com a 47ª edição do São Paulo Fashion Week, os holofotes se dividiram. Porém, pelo menos ao sul do equador há lugar ao sol suficiente para todo mundo. O evento promovido pela Revista Ela, do Globo, em parceira com a Vogue Brasil, se afirma como uma feira de moda plural ao diversificar a programação e o nicho de expositores, sem perder a essência.
Da gastrô dos foodtrucks à leitura promovida pelo Senac Rio, o rolê no Pier Mauá é completinho. Na expectativa para já iniciarem o verão 2020 com as vendas de vento em popa, além das carioquíssimas sempre presentes, labels fora do circuitão Rio-Sampa aterrissaram no evento para conquistar compradores no salão de negócios. Confira os destaques!
Background deluxe: Vista do Pier Mauá é postal na 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
Salão de negócios
ESC brilhou já no primeiro dia. No desfile que marcou a abertura do Salão de Negócios no dia 23/4, a brand carioca de moda praia botou para jogo o seu verão 20, dando spoiler do que podemos aguardar da nova coleção. A inspiração segue poética. André Lucian, que toca a direção criativa buscou no pôr do sol a ponte necessária com a história contada no inverno 2019 (leia aqui).
ESC na 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
Quase uma poesia de Rimbaud, a nova coleção é o mar misturado ao sol, mesclando na estamparia um mix de referências a esse fenômeno natural. No primeiro dia do evento, a marca desfilou seu beachwear classudo, encantou convidados e compradores no desfile de Novos Talentos.
André Lucian arrebatou o público no desfile do primeiro dia do Veste Rio (Foto: Roberto Filho / Reprodução)
O Sebrae apostou na seleção de marcas que vêm despontando no mercado com a tônica da sustentabilidade cravada no DNA. A marca Caíques, cuja fabricação ocorre em Lumiar, no interior do Rio – tradicional reduto da turma bicho grilo que adora fazer marola na serra – é sensação com seus pisantes em couros reutilizado e solados em pneu de avião.Mas sem aquele ar de “reciclado”, veja bem. O que não seria, claro, um problema, já que o importante é não perder o bonde consciente, porém, a marca é descolada. Faz calçado para clientes closeiros que gostam de saber a origem do produto que consomem.
Caíques lançou seus calçados sustentáveis na 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
Outra marca destaque selecionada a dedo pelo Sebrae foi a Bossapack: label de bolsas e mochilas nascida num concurso do curso de Artes e Design da PUC – Rio. Faz graça com o reaproveitamento de matérias descartadas, como banners e tecidos 100% reciclados. Algumas são pintadas à mão por artistas indígenas que desenvolvem a pintura Kaiapó nas peças. Uga-buga de responsa!
Índio quer mochila, senão o pau vai comer! Bossapack exibe suas criações com intervenções indígenas na 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
M. Loures é a marca de acessórios que deu o que falar no Veste Rio. De origem carioquíssima, se fez sucesso em Minas Gerais e retorna à Cidade Maravilha com uma coleção cheia de gracejos: do metal ao ouro, da resina ao couro, os acessórios da label merecem destaque.
M. Loures encantou amantes das maxibijoux na 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
A aposta da temporada foram os colares, brincos e pulseiras feitos em fios de seda. Finesse define. Sua pedraria é explorada lindamente, até quando não se utiliza a pedra em si: a resina trabalhada em madrepérola entra em ação valorizando os detalhes.
M. Loures apresentou sortimento bacanudo na 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
A Van Cleve, da estilista catarinense Alana Baumgarten, é do babado! A moça além de desenvolver suas próprias estampas, faz seu marketing comercial por conta própria. Suas peças são tão cobiçadas por suas clientes, que um dos penneaux da coleção nova foi lançado com antecedência para as clientes mais afobadinhas. “A aposta para o nosso verão 2020 foi uma viagem à Itália, trabalhei o vichy e as estampas de laranjas. Nossos lenços e penneaux estão causando antes do lançamento. São propostas novas para incrementar os looks da temporada. O acessórios seguem essa linha ‘balneário de luxo’. Vão encabeçar uma mulher que gosta de conforto mesclado à modernidade e ao luxo”, revela, tão empolgada quanto um escoteiro quando encontra um acampamento de garotas.
Van Cleve na 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
“Don’t be a lady, be a legend“. Esse é o recado da EVA para empoderar suas clientes mais chegadas numa moda-conceito, plena de romantismo. É label bocuda como um jacaré; Angelina Jolie perde. A marca da bocarra vermelha salpicou bocas nas estampas dos seus principais hits classy, munindo mulheres que não abrem mão de roupas fofinhas, com estampas engraçadinhas. O clochard segue acinturando calças, hot pants e saias. A explosão em cores é equilibrada com os tecidos levinhos, que podem ser misturados entre si ou em produções totalmente monocromáticas. E, assim como fez Alexandre Herchcovitch para À La Garçonne, o Gato Félix deu as caras nas jaquetas da marca. Meow.
Beijo na boca: a EVA abocanhou a 7ª edição do Veste Rio (Foto: Andrey Costa para Ás na Manga)
Veste Rio
Armazéns 2, 3 e 4 – Pier Mauá – Zona Portuária
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