Após 51 dias de espera, o clipe de “Machika“ – terceira parceria do rapper colombiano J.Blavin com Anitta, que ainda traz a presença do caribenho Jeon Arvani – foi lançado nessa sexta-feira (19/1) com alarde. Faz sentido. O refrão que a popstar brazuca entoa, em espanhol impecável, é hypado: ”A sensação da favela/ Saiu para romper fronteiras/ Mulheres como eu não têm limites”, mas esse não é o único motivo: a qualidade cinematográfica das imagens, filmadas numa locação desértica na Colômbia, bem como numa floresta cerrada, impressionam, e a comparação com a direção de arte de “Mad Max: estrada da fúria“ (2015) é inevitável.

J.Balvin e Anitta lançara sua terceira collab musical nesta sexta com “Machika”. O balanço, além de irresistível, vem embalado numa produção apocalíptica digna de Hollywood (Foto: Reprodução)

Make-up tribal de Anitta em “Machika” traz aroma étnico usado no cinema hollywoodiano hiperrealista (Foo: Divulgação)
Confira abaixo o clipe na íntegra (Divulgação):
Permeia no vídeo a atmosfera de futuro apocalíptico num planeta sem recursos hídricos, uma marca de “Mad Max“, mas essa não é a única referência, até porque as cenas tribais da floresta são úmidas, provenientes de outros arquétipos visuais. Nessa mescla deserto árido com floresta soturna e figurinos que misturam elementos tribais com a estética punk, ÁS listou produções que certamente têm a ver com “Machika”. Confira!

Planeta desértico: exemplar mais recente de super sucesso ambientado numa Terra devastada, árida e pobre de água, “Mad Max: estrada da fúria” é o quarto longa-metragem de uma série de ação que catapultou a estética tribal-punk do asfalto, fruto do desencanto causado pela recessão econômica (Foto: Divulgação)

Em “Mad Max: além da cúpula do trovão” (1985), a lendária popstar Tina Turner atuava no papel de uma soberana que explorava crianças num habitat onde tudo era escasso. Seu visual futurista decadente marcou a estética da época e chegou até a moda (Foto: Divulgação)

Matt Damon (à esq.) estrela “Elysium” (2013), distopia ambientada numa Los Angeles futurista, cyberpunk, caótica e foco de pobreza numa narrativa na qual os ricos abandonaram o planeta para morar em estações espaciais, deixando as massas ao léu (Foto: Divulgação)

Na visão do diretor Darren Aronofsky, a lenda bíblica de “Noé” (2014) ganhou tempero apocalíptico que associa a maldade humana à exploração ininterrupta dos recursos naturais. Os casacos rotos e os hoodies (capuzes) com capuzes comparecem no figurino à la Serra Pelada” de “Machika” (Foto: Divulgação)

Óculos para se proteger da poeira levantada pelo violento vento do desertos – elemento impregnante na ficção científica “Oblivion” no look de Morgan Freeman – comparecem em “Machika” (Foto: Divulgação)

O mesmo acessório é usado em outra distopia pós-civilizatória no visual de Denzel Washington em “O Livro de Eli” (2010) (Foto: Divulgação)

A estética tribal definida pela escassez de recursos foi amplamente usada para codificar os personagens de “Waterworld“(1995), futuro no qual o nível dos mares subiu drasticamente, cobrindo quase todo o planeta e privando a humanidade de água potável e vegetais (Foto: Divulgação)

Tranças tribalistas com inspiração nórdica podem ser vistas no decorrer de “Machika”. Prova de que a série “Vikings”, hoje em cartaz na TV a cabo, virou mesmo moda (Foto: Divulgação)

A maquiagem tribal dos celtas de “Rei Arthur” (2004), que aparece no styling de uma Keira Knightley em início de carreira pode ser visto como referência para o visual criado pelos beauty artisats para Anitta (Foto: Divulgação)

O mesmo se pode dizer da aparência tribal da Cleópatra da série “Roma” (2006-2007), da HBO, que definiu um visual multiculturalista para a personagem histórica completamente diferente da sua imagem clássica (Foto: Divulgação)

A ficção científica brasileira teen “Aquaria” (1999), estrelada pela então dupla Sandy e Junior também é ponto de partida para a direção de arte de “Machika” (Foto: Divulgação)
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