* Por Dani Lachter
Uma das marcas do Minas Trend, o segmento de acessórios no salão de negócios é capaz de deixar fashionistas de todos os tipos balbuciando de prazer. Nesta 20ª edição que acaba de terminar, os lançamentos não poderia ser diferentes e ÁS, que na edição passada decretou as maxi bijoux em acrílico e resina como o carro-chefe (leia aqui), agora enumera o top five do evento. A tônica agora é o slow fashion e o apuro artesanal nos complementos. Confira!

Pela 20ª vez, o salão de negócios do Minas Trend ofereceu o melhor do estilo artesanal e da moda festa não apenas de Minas, mas de outras regiões do Brasil (Foto : Daniel Grimaldi / FOTOSITE / Divulgação)
Não é de hoje que as bolsas e calçados se destacam na paisagem competitiva do salão de negócios. Com bolsas feias com matérias-primas nobres, a Isla sempre surpreende, mas dessa vez se superou. Segundo Bruno Saldanha, diretor geral da grife, a maior aposta é em “bolsas diferenciadas, porém atemporais. A marca acredita no luxo eterno e no acessório como peça principal da produção”. Nessa vibe que vai na contramão do descartável fast fashion, ele aponta a passagem perfeita do inverno para o verão num material que vai sobreviver, segundo ele, à passagem das estações: “O veludo!”.

Meu coração faz chica chica chica boom! As clutches durinhas, em acrílico e madrepérola, brincam com as formas das frutas tropicais. Para pequenas e grandes notáveis que, assim como Carmen Miranda, amam a moda! (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)

Já se foi o tempo em que se dizia que, para chamar atenção, bastava pendurar uma melancia no pescoço. Agora muito mais adequada aos novos tempos de espetáculo, chamativa fruta brilha nesta clutch coberta de pedraria, da La Isla (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)

A Isla aposta permanência do veludo molhado como acabamento que resistira à passagem deste inverno para o verão 18. O material tem sido destaque nas coleções de roupas desta temporada fria (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)
Outra que se destaca nesses 10 anos de Minas Trend é a Cris Capoani. Ela investe em aplicações e bordados com elementos da natureza, como frutas, flores e pássaros, dando prosseguimento bom humor que tem tomado de assalto os acessórios, preservando a levada “fun”, mas com originalidade.

As bolsas, flats e babuches da Crisa Capoani são pura diversão para quem acredita que a moda deve inspirar (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)

Direto de Porto Alegre, mas presente e multimarcas de 17 estados, Cris Capoani não tem pudor algum na hora de escolher materiais insólitos que tornam as peças mais lúdicas. Bora brincar? (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)
Na mesma levada do MT, a La Spezia valoriza o estilo autoral e o destaque vai para as bolsas e calçados no couro de pirarucu. Não é novidade este couro de peixe usado nos acessórios, mas o resultado dentro da cartela de cores ficou tão bonito, ao lado das outras peças mais lúdicas.
Vanessa Macintyre, criadora da marca, diz que a principal inspiração para essa coleção foi o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A coleção, intitulada “Botanic“, contempla elementos da natureza que já andam dando expediente na moda há algum tempo – como as costelão de adão –, mas que pelas mão da marca ficam mais lindos ainda!

A La Spezia dá novo fôlego ao motivo da costela de adão, explorado à exaustão nestas últimas temporadas. A aba da bolsa e os cabedais das mules reproduzem os vazadas dessas plantas tropicais com ludicidade que esbarra na herança de Elsa Schiaparelli (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)
A paleta de cores entre o verde e o azul remete ao céu e à exuberante vegetação da mata atlântica, mas as peças também podem ser encontradas em gamas quentes –laranjas, vermelhos e rosês –, alusão à corola das flores exóticas. Sobre o couro de pirarucu, Vanessa garante: “Seu brilho é único. Adoro o efeito que ele dá às peças. Além disso, peças em couro são para a vida toda. Não é modismo, não…”

As bolsas forradas com couro de pirarucu da La Spezia: material não é novidade, mas a cartela de cores chamou atenção (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)
Com seu olhar contemporâneo, a paulista Eleonora Hsiung estreia no MT trazendo ares arquitetônico-concretistas à sua coleção de semijoias, criada em parceria com a Fedra, segunda marca de Fatima Scofield. O resultado são peças banhadas em ouro rosê, amarelo e branco que são puro desejo, em linhas geométricas contemporâneas.

Novata no Minas Trend, Eleonora Hsiung lança linha de semijoias concretistas criadas para completar a coleção de roupas da Fedra, de Fátima Scofield. No resultado, os brincos, braceletes e aneis – em três banhos diferentes sobre latão -, contrastam curvas e linha retas, como na obra de Oscar Niemeyer (Foto: Divulgação)

Novata no Minas Trend, Eleonora Hsiung lança linha de semijoias concretistas criadas para completar a coleção de roupas da Fedra, de Fátima Scofield. No resultado, os brincos, braceletes e aneis – em três banhos diferentes sobre latão -, contrastam curvas e linha retas, como na obra de Oscar Niemeyer (Foto: Divulgação)

Novata no Minas Trend, Eleonora Hsiung lança linha de semijoias concretistas criadas para completar a coleção de roupas da Fedra, de Fátima Scofield. No resultado, os brincos, braceletes e aneis – em três banhos diferentes sobre latão -, contrastam curvas e linha retas, como na obra de Oscar Niemeyer (Foto: Divulgação)

Novata no Minas Trend, Eleonora Hsiung lança linha de semijoias concretistas criadas para completar a coleção de roupas da Fedra, de Fátima Scofield. No resultado, os brincos, braceletes e aneis – em três banhos diferentes sobre latão -, contrastam curvas e linha retas, como na obra de Oscar Niemeyer (Foto: Divulgação)
Quem brinca com texturas é Paola de Luca, da Luca. Ela conta o processo: “Nesta nova coleção, usamos a resina misturada com o metal, além de bastante informação de cor”. Além disso, a marca vem com uma novidade: firmou parceria bacanuda com a consultora de moda carioca Bebel Schmidt, que assina uma linha de sapatos para a marca bem legal para a marca. Os cabouchons nas gáspeas são um sonho!

As mules e sandálias que Bebel Schmidt concebeu em parceria com Paola de Luca mescla a plasticidade da resina de poliéster com a rusticidade da palha. Luxo! (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)

Os maxi colares da Paola de Luca flanam entre o clássico e o exuberante, com materiais combinados como metal, resina e acrílico, além de pedraria (Foto: Alberto Wu para Ás na Manga)
Bônus da seleção:
Outra que merece destaque é Nathalia Tolentino, por isso ela entra como bônus nesta lista. A marca investe em matéria-prima artesanal de primeiríssima qualidade e muito bom gosto. O DNA da marca, aque não dispensa as fibras naturais, continua firme nessa nova coleção, que conta com a mistura entre o crochê, ráfia e couro. Três materiais que, juntos, tornam as bolsas de Nathalia verdadeiras peças desejo para aquelas consumidoras mais clássicas. Tipo bolsa-jóia!
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